Com que salto eu vou?
A escolha parecia simples para Eduardo Cury, nas eleições de 2024: o “sapato velho de Salto 45”, ou “sapato de grife novo de Salto 22”.
Anderson venceu a eleição de forma merecida, que reflete a avaliação do seu governo. O joseense quer trabalho!
Mas vamos falar do adversário, no day after da eleição: Cury, apoiado mais pelo recall do que por propostas novas e com ares de favoritismo, confiou excessivamente em pesquisas, achando que seu histórico era suficiente para garantir a vitória. Essa postura de “curral eleitoral”, como quem espera votos por hábito, sem prestar contas ao povo, acabou levando a uma derrota retumbante.
Os apoios de Cury só não incluíram o Batman: várias lideranças de direita sem nenhuma conexão com o candidato apareceram. Com o aval de Rogério Marinho, seu chefe em Brasília, teve até uma passagem polêmica de Bolsonaro na cidade.
Cury parecia ter montado uma rede de alianças políticas de peso — mas não para o eleitorado. Bolsonaro, em uma live, o chamou de “peixe do Marinho”, revelando o verdadeiro vínculo de Cury com o senador Rogério Marinho, lembrando o público do lado “velho” do jogo político. Aliados como Valdemar Costa Neto, chefe do PL que deu um show de prepotência, também não ajudaram em nada, só reforçando a imagem de um Cury mais próximo do poder que do povo.
A arrogância ficou clara quando ele decidiu não participar dos debates do primeiro turno e fechou com chave de ouro ao não cumprimentar publicamente o seu adversário. Afastado dos eleitores, Cury evitou expor ideias e deixou de dialogar diretamente com a população, perdendo uma oportunidade importante de conquistar as pessoas.
Quando as pesquisas começaram a mostrar queda, sua postura mudou: Cury passou a lançar ataques intensos contra o prefeito Anderson, criticando a gestão bem avaliada do adversário, as suas equipes e, indiretamente, os eleitores que preferiram outros candidatos. Puro desespero.
No final, Anderson foi reeleito, provando que o favoritismo de Cury era, no fundo, uma bolha que só o entorno dele acreditou. A derrota mostra que, na política, é preciso mais do que um nome antigo ou números de pesquisa; é essencial estar próximo do povo e agir com humildade.
Cury agora se coloca como oposição, mas com a fatura política de uma campanha desgastante, pode encontrar desafios ainda maiores em manter essa posição — especialmente com a cobrança de aliados de última hora, que esperam retorno em 2026, como o Dr. Elton.
A lição é clara: em São José dos Campos, o eleitor quer mais do que um “sapato velho” ou um “sapato de grife”. Quer soluções reais para a sua cidade.